terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Pedido de falência da pioneira Atari nos Estados Unidos põe fim a uma era


Os fãs da fabricante de jogos e videogames Atari ficaram um pouco mais saudosistas ontem, quando a empresa pediu falência nos Estados Unidos. O sentimento de orfandade permanece, apesar da empresa garantir que vai investir nas plataformas de tablets e smartphones.
O principal objetivo da falência da Atari é separar a companhia que a controla e não dá lucro desde 1999, a francesa Atari SA, antes conhecida como Infogrames.
A Atari, que ajudou a criar a indústria dos games nos anos 1970, também quer obter US$ 5,25 milhões para se reestruturar e focar no desenvolvimento e licenciamento de jogos para smartphones e tablets. No comunicado da empresa, ela afirmou que "tentará preservar seu valor e conquistar a receita que deixava de ser gerada sob o controle da Atari SA".
A marca japonesa, que quase foi batizada de Syzygy — o que não ocorreu por haver registro anterior para outra empresa —, acabou eternizando o Monte Fuji em seu logotipo.
O console com a marca de nome fácil e os gráficos visuais de jogos clássicos, como River Raid, Pitfall e Pac-Man, estão nas prateleiras da casa de César do Canto Machado Filho, 33 anos, em Florianópolis.
A paixão dele pelos videogames começou aos sete anos, ao jogar, pela primeira vez, em um Atari. O primeiro console, de 1977, foi vendido há pouco tempo para outro fã. No mercado internacional, uma venda como esta custa a média de US$ 300 dólares.
— No Brasil, pode passar de R$ 1 mil, principalmente depois desse anúncio, que deve fazer a procura aumentar ainda mais. Quem sabe que a oferta está escassa, vai querer guardar uma recordação. Não tem como falar em videogame sem falar na Atari — define César.
Novas empresas devem surgir a partir da Atari
O professor Rudimar Luis Dazzi, que coordena o curso de Engenharia da Computação da Universidade do Vale do Itajaí (Univali), concorda com César. Para ele, a saída de cena da Atari deve mudar o mercado de entretenimento virtual com a possível criação de empresas a partir dos ex-funcionários da companhia.
— A empresa não lançava novidades há mais de uma década e deixou de se renovar, o que é fundamental para este mercado. Não creio que a falência da Atari gere um impacto financeiro, mas é uma opção a menos para os fãs em termos de produtos. O mercado é dinâmico, quem não conseguir se manter com novidades, acaba perdendo espaço. E isso serve de lição para novas e grandes marcas, como a Apple, por exemplo — opina Dazzi.


A queda de mais esta referência em inovação serve como alerta para que outras empresas sigam investindo para se diferenciarem no mercado


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